Mulheres Girafas em Chiang Mai na Tailândia

As Mulheres Girafas em Chiang Mai na Tailândia fazem parte de um dos grupos étnicos mais fascinantes de todo o sudoeste asiático.

Conhecidas por usarem colares de metal que dão a impressão de alongar o seu pescoço, essas mulheres são parte de uma tribo de origem indígena provenientes da Birmânia (Myanmar) e em razão dos conflitos em seu país se tornaram refugiadas na Tailândia.

Essa prática de utilizar os anéis de metal em torno do pescoço tem um profundo significado cultural.

Além disso, para elas, é ainda símbolo de beleza e status social, elementos que também fazem parte de sua identidade e de suas tradições ancestrais.

Nas proximidades de Chiang Mai, no norte da Tailândia, as Mulheres Girafas vivem em pequenas vilas onde recebem turistas que buscam saber mais sobre as histórias dessa tradição que existe ao longo dos séculos.

Por isso, a existência, e mais do que isso, a resistência dessas tribos reflete também sobre a importância de preservar as raízes indígenas e sobre as conversas acerca de promover um turismo ético e consciente.

Quem são as Mulheres Girafas?

As Mulheres Girafas são conhecidas também como “Kayan” e pertencem a uma tribo chamada “Karen”.

Elas vivem atualmente no norte da Tailândia, próximo à Chiang Rai, Pai e Mae Hong Son, na divisa com o Myanmar, país de origem desse grupo étnico.

O nome “Mulheres Girafas” vem de uma prática cultural em que as mulheres pertencentes a esse tribo utilizam anéis de metal no pescoço, nos braços e nas canelas.

Embora se tenha a impressão de que o pescoço é alongado ao longo do tempo, o que na verdade acontece é que o peso dessas argolas começa a comprimir a clávicula e os ombros.

Os anéis são os aspectos mais notáveis dessa tribo, no entanto, o costume possui raízes antigas e significados profundos para as Mulheres Girafas que resistem como uma forma de manter viva sua identidade cultural.

A história das Mulheres Girafas: origem e tradição

Os Kayan ou as mulheres da tribo “Karen” vem de Kayah, um estado no Myanmar e há mais de 25 anos fugiram para a Tailândia em razão do conflito político com o exército birmanês que se instalou no país.

Esse grupo se refugiou para o Norte da Tailândia que fica próximo a fronteira com a Birmânia.

Posteriormente se estabeleceram primeiro em Baan Huai Pu Kaeng e depois, com o aumento de refugiados, se moveram para duas outras vilas.

As argolas são produzidas pelos próprios artesãos locais e podem chegar a pesar até 10 kg.

Para as Mulheres Girafas, em seu povoado, as argolas são símbolo de beleza e status social.

Além disso, é uma tradição que tem se perdido e que hoje, estima-se que existam em torno de 600 membros da tribo Karen e que lutam para manter sua história viva para as próximas geracões.

Tailândia: onde vivem as Mulheres Girafas

Atualmente, as mulheres girafas continuam vivendo no Norte da Tailândia, mais precisamente perto de Chiang Mai, Pai e Mae Hong Son em pequenas vilas.

Essas mulheres vivem basicamente da venda de artesanatos e do turismo, enquanto seus companheiros trabalham em obras ou nos santuários de elefantes da região.

Além da Tailândia, os membros da tribo Kayan também vivem no Myanmar, de onde esse povo é originário, embora em razão dos conflitos políticos, tenham se refugiado em busca de melhores condições de vida na Tailândia.

Mulheres Girafas em Chiang Mai na Tailândia: O uso das argolas e o significado

A origem exata da tribo das “Mulheres Girafas” não é precisa, mas acredita-se que é uma prática antiga que data de centenas de anos.

As argolas, por sua vez, começaram a ser usadas para se protegerem de invasores que buscavam escravizar mulheres, de modo que as argolas em tese as deixariam menos atraentes.

Outra teoria é que as argolas de metal protegiam as mulheres dos ataques de tigres. No entanto, para a própria tribo Karen elas são uma representação étnica de seu grupo e símbolo de beleza e status.

As mulheres que pertencem a esse grupo começam a usar as argolas ainda crianças, por volta dos 5 anos de idade.

Logo, conforme vão crescendo, mais argolas são adicionadas, podendo chegar até no máximo 25 argolas, o que faz com que pareça que o pescoço fique alongado.

O uso dos anéis não é obrigatório e as mulheres podem tirar para realizar suas atividades diárias ou trabalhar no campo.

Inclusive, é um risco que esse grupo desapareça completamente, uma vez que por exemplo, as crianças precisam retirar as argolas para irem a escola e em zonas urbanas as mulheres optam por não usá-las.

Desta forma, as que seguem essa tradição, fazem isso para preservar sua identidade cultura.

Turismo e as Mulheres Girafas

Com o passar dos anos, devido à sua aparência única e marcante, as vilas das Mulheres Girafas têm se tornado cada vez mais acessíveis aos turistas, especialmente nas proximidades de Chiang Mai, no norte da Tailândia.

Isso oferece aos visitantes a chance de conhecer mais sobre a vida, cultura e tradições da tribo Kayan.

Lá, é possível observar meninas e mulheres usando braceletes de metal enrolados ao redor de seus pescoços, braços, joelhos e tornozelos e apreciar os artesanatos produzidos por elas nas tribos.

Existem controvérsias à respeito dessas visitas, de modo que muito se fala no turismo exploratório sobre a imagem das Mulheres Girafas.

Entretanto, é preciso falarmos também sobre essas mulheres serem refugiadas no país, o que significa que não possuem direitos legítimos como o povo tailandês e sua única fonte de renda serem as visitas à tribo e a venda de seus produtos.

Por isso, visitar uma dessas comunidades nos permite aprender sobre seu povo, seus costumes e tradições, além de ser possível contribuir com o sustento dessas mulheres ao adquirir seus produtos.

Passeio para visitar as Mulheres Girafas em Chiang Mai na Tailândia

A Phi Phi Brazuca tem um passeio em que é possível visitar uma dessas tribos de maneira ética, por meio de um tour aos templos de Chiang Rai em que é feita uma parada na aldeia em que vivem as Mulheres Girafas.

O passeio é feito com guia em português e além de conhecer esse grupo étnico único, ainda é possível visitar o Templo Azul, o Templo Branco, o Grande Buda (de novembro até março) e o Lalitta Café (Abril até Outubro).

O guia permite que os visitantes fiquem livres para conversar e interagir com as Mulheres Girafas.

Os membros da comunidade são sempre simpáticas e atenciosas, mostrando seu produtos e tirando fotos, para elas, é também uma forma de contar sua história a quem passa por lá.

Por fim, se deseja visitar as Mulheres Girafas em Chiang Mai na Tailândia, nossa recomendação é que aproveite também para contribuir com a comunidade.

Logo, faça isso comprando produtos artesanais feitos por elas que ajudam também a manterem vivas suas tradições!

Como planejar uma viagem e curtir as principais atrações na Tailândia?

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Agora, com todas as informações necessárias sobre as Mulheres Girafas, vale a pena dedicar um tempo da sua viagem para conhecer esse grupo étnico incrível!